Acompanhei este ano o evento do 25º aniversário do Instituto Ethos, que tem sido um farol, inspirando e orientando líderes na busca de práticas empresariais mais éticas e sustentáveis. Seu legado é um testemunho da necessidade contínua de promover uma cultura corporativa responsável, priorizando não apenas os resultados financeiros, mas também os impactos sociais e ambientais positivos. Avanços são notados, mas ainda uma sensação de desesperança, senti durante o evento. O que ainda precisa acontecer para termos um maior alcance e disposição das empresas em atuar de forma mais ética e sustentável?
Da mesma forma, participei no IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, de discussões sobre governança, hoje e no futuro, nas organizações. O IBGC, que celebrou seus 28 anos de trajetória este ano e tem sido um pilar fundamental na promoção da governança corporativa sólida, nos desafia a repensar nossos modelos de governança em um mundo cada vez mais interconectado e transparente. O espaço de reflexão e discussão existe, mas como ampliar o alcance para um maior número de organizações e que sejam atuações efetivas na busca da boa governança?
À medida que as organizações evoluem, uma verdade permanece inalterada: a importância crucial da humanização nos negócios. Somos nós, humanos, que lideramos e lideraremos organizações, mais ou menos éticas, mais ou menos sustentáveis, mais ou menos sólidas! E para isso, é essencial
reafirmar nosso compromisso com a humanização e sua interseção com a governança e o impacto sustentável.
Além disso, em um cenário onde a tecnologia avança em ritmo acelerado, não podemos ignorar o impacto da inteligência artificial nas organizações. Martha Gabriel, PhD destaca como a IA não é apenas uma ferramenta, mas sim uma nova dimensão na forma como entendemos e conduzimos os negócios. Estamos adotando a IA simplesmente como uma ferramenta ou estamos abraçando seu potencial para impulsionar a inovação, mantendo a humanidade no centro de tudo que fazemos?
Diante dessas reflexões, reafirmo: a humanização é o núcleo que une a sustentabilidade, a governança e a inovação. Estamos testemunhando uma revolução na forma como fazemos negócios, e a humanização é a âncora que conecta a ética, a sustentabilidade e a eficácia empresarial.
O que é necessário para você, líder, escolher uma jornada rumo a organizações mais humanizadas, onde a tecnologia sirva à humanidade e não o contrário, onde a governança seja sustentada por valores éticos e onde cada ação empresarial impulsione um impacto positivo no mundo? Tem que ser possível e deve começar por cada um de nós.
Vamos juntos construir um futuro empresarial mais ético, responsável e humano! O que precisa ser feito agora em 2024 para começarmos/continuarmos esta jornada? O que você, como líder, fez em 2023 e quer fazer em 2024? Vamos juntos!